A moda dos jogos de “mortos-vivos” parece ter vindo para ficar e um dos títulos mais recentes baseados nessa ficção acaba de chegar à redação da Wintech. Dying Light foi criado pela empresa Techland e está a ser distribuído sob a responsabilidade da Warner Brothers (em Portugal é representada pela empresa Upload Distribuition) que gentilmente nos deu a possibilidade de testar este título. Lançado no final do mês de Janeiro, este título está disponível para Xbox One, PS4 e PC através de download digital, sendo que só dentro de alguns dias chegará com a versão física às lojas.

 

 

História

O jogo Dying Light é, na sua essência, um FPS baseado na história em que vírus chega à cidade de Harran, localizada na Turquia, e que torna as pessoas em mortos-vivos. A história é centrada no envio de um agente pertencente à Organização de Assistência Mundial, Kyle Crane, que chega à cidade com o intuito de investigar Suleiman, um terrorista que tem em seu poder uma fórmula (ainda que incompleta) capaz de ajudar na cura do vírus. O grande problema desta fórmula é que, caso caia nas mãos erradas, poderá causar ainda mais mortes pois baseia-se numa substância tóxica.

Assim que Kyle Crane aterra (cai de paraquedas) na cidade é imediatamente atacado por três homens e de seguida por zombies que, inclusive, lhe chegam a morder e a infetar, no entanto acaba por ser salvo por um outro pequeno grupo de sobreviventes que o integram na sua comunidade. A história começa precisamente aqui onde é informado sobre o que tem de fazer para se manter vivo assim como fica a saber da existência de uma vacina (chamada de Antizina) capaz de suspender temporariamente a infeção provocada pelo vírus.

 

youtube.com/watch?v=HOSgulJ8Fso

 

Jogabilidade

Uma das características que marca a diferença neste título é o da utilização do chamado parkour. Desde cedo começamos a perceber que esta será a forma de escaparmos das invasões de zombies e de vaguear de forma mais fácil pela cidade. Graças a esta forma de percorrermos pela cidade conseguimos facilmente saltar entre edifícios, subir muros e, imagine-se, treparmos pelo corpo dos zombies para fugir. Ao longo do jogo somos convidados a realizar variadas tarefas, numa espécie de missões que nos ajudam a obter, por exemplo, suplementos que nos permitem “desbloquear” e avançar no jogo.  

O jogo integra um sistema que permite a Kyle Crane evoluir, sendo possível ir aumentando as nossas skills, ou seja, é possível irmos aumentando o nosso nível de sobrevivência, agilidade e poder. De forma genérica de fácil de entender, o nível de sobrevivência permite criar de itens que melhora a resistência individual e que vai facilitar, precisamente, a sobrevivência na cidade. No que diz respeito à agilidade, esta vai melhorando tornando Kyle mais “leve” e astuto, características essenciais para uma realização eficiente da prática do parkour. Finalmente, a skill relacionada com o poder que vai permitir combater de forma mais eficaz os zombies.

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A interação com inúmeros elementos do jogo é também um ponto forte, em Dying Light é possível abrir portas, abrir caixas, vasculhar os bolsos dos zombies, abrir carros, caixotes do lixo e retirar elementos que podem ser usados na criação de ferramenta e soluções que vão ajudar Kyle a ultrapassar e a completar as suas missões.

Nas lutas contra os zombies podemos usar ferramentas que foram apanhadas ao longo do percurso percorrido ou simplesmente podemos dar murros e pontapés. Muitas das vezes temos de repetir o ataque e certificarmo-nos que o “morto-vivo” já está realmente morto, pois se só o derrubarmos é muito provável que ele se volte a levantar e nos ataque novamente.

Em Dying Light existe também a noite e dia, sendo que, à noite, a história se complica pois existem outro tipo de zombies que, por norma, são mais ágeis e resistentes, tornando-se obviamente mais ameaçadores. É precisamente nesta altura do dia que somos levados a dar mais uns “saltos” do sofá ou da cadeira, pois existe muitas situações em que somos apanhados desprevenidos e que nos acabam por assustar…Para percorrer algumas áreas da cidade durante a noite temos de nos socorrer de uma lanterna, porem existe sempre uma forma de nos mantermos seguros visto que existem zonas seguras na cidade que nos permite descansar e aguardar pela manhã…

youtube.com/watch?v=VikNVBxps1Y

Gráficos e Som

Em termos gráficos podemos considerar Dying Light com uma boa qualidade visual. Existem pormenores verdadeiramente deliciosos e altamente bem definidos, como é o caso de alguns elementos decorativos e de toda a paisagem envolvente...

A banda sonora por trás deste título é bastante interessante e, como seria de esperar, bastante terrificadora sendo complementada por efeitos sonoros de grande qualidade que se tornam verdadeiramente assustadora nas missões noturnas…

youtube.com/watch?v=ioM4UcNDiO0


Multiplayer e DLC’s

Dying Light possui também um modo multiplayer que permite a outros jogadores entrarem no nosso mundo e, por exemplo, ajudar-nos a ultrapassar algumas missões.

Outro dos modos que está presente no jogo é o modo “Be the Zombie”. Este modo, basicamente, permite que o jogador se torne num zombie letal e poderoso dessa forma entre no jogo de um outro jogador. Aqui o objetivo é fazer como que o zombie elimine todos os humanos sendo que o humano tem como missão destruir todos os zombies…Este é um modo que pode dar mais longevidade ao jogo e que se torna viciante.

youtube.com/watch?v=u2ai_WcnZ7Q

A Techland criou em Dying Light também um Season Pass. Um “passe” que tem um custo de 20 euros e que inclui três pacotes que são disponibilizados ao longo deste ano. Desta forma é possível ter acesso a mais missões, armas, roupas e um novo modo de jogo. O primeiro “pack” já chegou este mês, e tem o nome de “Cuisine & Cargo”, possuindo duas novas missões hardcore. O segundo “pack” inclui sete novos itens para o jogo, três novos fatos e quatro plantas para a produção de armas. O terceiro e último, o “The Bozak Horde” é um novo modo de jogo que integra também um novo mapa. Este “pack” pode ser jogador em modo cooperativo ou em “single player”, e que vai levar o jogador a lutar dentro do Harran Stadium contra os infetados.

 

Além destes “packs” adicionais a Techland anunciou que pretende também disponibilizar vários conteúdos de forma gratuita de forma a conseguir manter “vivo” o jogo. A empresa já fez saber que um desses “packs” gratuitos será o “Hard Mode” que vai aumentar (ainda mais) o nível de dificuldade quando se joga à noite, tornando as ameaças ainda mais perigosas levando-nos a um novo patamar de exigência e resistência.

A Techland também revelou que a primeira atualização de conteúdos gratuitos vai também incluir melhorias na jogabilidade e adicionar novos fatos às personagens.

 

Conclusão

Dying Light é, por si só, um título obrigatório para quem gosta de ação e é amants de histórias que envolvem “mortos-vivos”. O ponto forte, e realmente diferenciador deste jogo, é de podermos recorrer ao parkour e assim percorrer a cidade e fugir aos zombies. A possibilidade de jogar em “single player” ou em modo cooperativo são argumentos suficientes para manter o jogo vivo durante alguns meses sendo que a chegada prometida de alguns DLC’s (alguns gratuitos) vai fazer com que o jogo se torne mais duradouro e ainda mais viciante.

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Ler 2535 vezes Modificado em Fev. 14, 2015
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