A China está a promover a auto-suficiência tecnológica para reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros. De acordo com um relatório no Wall Street Journal, o governo proibiu a utilização de todos os iPhones e outros produtos de tecnologia de marcas estrangeiras em escritórios governamentais.

Sob a nova política, os funcionários do governo estão proibidos de usar dispositivos como o iPhone para fins de trabalho ou mesmo impedidos de os levar para os edifícios de escritórios. Esta medida representa uma grande expansão do esforço de longa data da China para reduzir a dependência da tecnologia estrangeira, que revela, ao mesmo tempo, a sua preocupação com a cibersegurança.

Nas últimas semanas, os funcionários foram instruídos (a não usar os dispositivos) pelos seus superiores nos canais de comunicação no local de trabalho, como parte dos esforços contínuos de Pequim para reduzir a dependência da tecnologia estrangeira, reforçar a cibersegurança e restringir o fluxo de dados sensíveis através das fronteiras da China.

A Apple tem desfrutado de um sucesso significativo no mercado de smartphones da China, enquanto o concorrente local, a Huawei, foi incapaz de acompanhar devido às sanções relacionadas com o 5G impostas pelos Estados Unidos. No entanto, a forte posição da Apple na China agora pode estar ameaçada devido a esta nova proibição, que pode alimentar especulações sobre espionagem ou interferência por parte da empresa.

Por outro lado, em julho, a Apple anunciou o lançamento da sua loja online na popular aplicação de mensagens chinesa, o WeChat. Este programa permite aos utilizadores da aplicação comprar toda a gama de produtos Apple.

Esta não é a primeira vez que produtos de marcas estrangeiras são proibidos no país. Em 2014, os produtos da Apple foram proibidos em alguns edifícios do governo devido a preocupações com a segurança. No mesmo ano, o Windows 8 também foi banido dos PCs do governo.

A proibição surge no meio de tensões mais amplas entre a China e nações ocidentais como os Estados Unidos, que impuseram várias sanções comerciais e tecnológicas a Pequim. Recentemente, a Microsoft relatou que hackers chineses acederam a contas de email governamentais nos Estados Unidos e na Europa. A empresa norte-americana afirmou que os hackers foram, provavelmente, motivados pelo governo chinês.

Classifique este item
(0 votos)
Ler 629 vezes
Top