O nome "Spam", que advém de uma rábula dos Monty Python (abundantemente reproduzida em sites como o YouTube) tornou-se rapidamente sinónimo de correio electrónico publicitário indesejado e é actualmente responsável por mais de 95% de todo o tráfego de e-mail na Internet.
O Spam ultrapassou inclusivamente as barreiras da Rede, sendo actualmente utilizado em outros tipos de plataformas, como telemóveis. Há duas grandes razões para o seu sucesso, e muitos motivos para que as tentativas de eliminação do fenómeno não tenham sido bem sucedidas.
Para o sucesso do Spam contribui o facto de que praticamente não tem custos de envio. Mesmo actualmente, quando a grande maioria do Spam é distribuído por botnets - redes de computadores infectados com malware e controlados remotamente - e que esse serviço é pago pelos anunciantes, o seu custo é tão baixo que utilizar este meio se torna num recurso publicitário extremamente vantajoso.
A segunda vantagem está relacionada com a primeira e tem a ver com a eficiência do Spam: continuam a existir mensagens deste género porque continua a funcionar, e funciona porque existem pessoas que continuam a fazer compras ou a tomar decisões comerciais com base neste meio. Mesmo que o número de compras decorrente do Spam seja ínfimo, é praticamente certo que compensa o investimento realizado, o que perpetua o processo.
Quanto aos motivos pelos quais erradicar completamente este fenómeno não funciona são tantos e de tão diversa ordem que é muito difícil conhecê-los a todos. Por um lado, existem as questões jurídicas: nem todos os países possuem as mesmas leis no que toca ao Spam, sendo difícil actuar quando um utilizador num determinado local recebe um e-mail oriundo de um país diferente. Depois as questões técnicas: o que é diferencia o Spam de correio publicitário legítimo? Quem controla a legitimidade dessa distinção e como aplicá-la na filtragem do e-mail? Como responder a desafios tecnologicamente complexos, como as mensagens de Spam contidas em ficheiros áudio ou PDF? Deve-se ou não filtrar os endereços IP que estejam listados como atribuídos a utilizadores de banda larga, bloqueando grande parte do tráfego das botnets mas impedindo outros utilizadores de implementar e utilizar legitimamente o seu próprio servidor de e-mail?
Têm existido inúmeras abordagens a estes e a outros problemas e, de facto, há sistemas anti-spam que funcionam, filtrando a maior parte dos e-mails indesejados (como os utilizadores do Panda Internet Security 2010 podem atestar). No entanto, os custos decorrentes desta filtragem (custo das soluções, tráfego, recursos nas máquinas, tempo) continuam a existir e a ser suportados pelos utilizadores e pelos ISPs, sendo que quem origina este negócio continua a escapar impunemente. Enquanto as empresas que publicitam bens na Internet utilizando esta fórmula não forem penalizadas, o Spam continuará a existir.
Ao nível técnico é necessário reformar os protocolos utilizados, no sentido de impedir o envio anónimo de e-mails, o que permitirá pelo menos imputar responsabilidades e tomar medidas de bloqueio permanente. Bill Gates referiu em 2004 que o Spam seria erradicado nos dois anos seguintes, o que de facto não aconteceu.
Nós não temos tanta esperança, mas acreditamos que com as medidas certas seja possível não termos de conviver mais trinta anos com o fenómeno. Uma questão fica no ar: o centro de pesquisa CentMail da Yahoo! quer implementar uma ideia antiga - a cobrança por cada e-mail enviado. Assim, o Spam poderá deixar de ser um negócio rentável e o dinheiro pago vai para caridade. Estaremos perante a solução para este problema?
O Spam ultrapassou inclusivamente as barreiras da Rede, sendo actualmente utilizado em outros tipos de plataformas, como telemóveis. Há duas grandes razões para o seu sucesso, e muitos motivos para que as tentativas de eliminação do fenómeno não tenham sido bem sucedidas.
Para o sucesso do Spam contribui o facto de que praticamente não tem custos de envio. Mesmo actualmente, quando a grande maioria do Spam é distribuído por botnets - redes de computadores infectados com malware e controlados remotamente - e que esse serviço é pago pelos anunciantes, o seu custo é tão baixo que utilizar este meio se torna num recurso publicitário extremamente vantajoso.
A segunda vantagem está relacionada com a primeira e tem a ver com a eficiência do Spam: continuam a existir mensagens deste género porque continua a funcionar, e funciona porque existem pessoas que continuam a fazer compras ou a tomar decisões comerciais com base neste meio. Mesmo que o número de compras decorrente do Spam seja ínfimo, é praticamente certo que compensa o investimento realizado, o que perpetua o processo.
Quanto aos motivos pelos quais erradicar completamente este fenómeno não funciona são tantos e de tão diversa ordem que é muito difícil conhecê-los a todos. Por um lado, existem as questões jurídicas: nem todos os países possuem as mesmas leis no que toca ao Spam, sendo difícil actuar quando um utilizador num determinado local recebe um e-mail oriundo de um país diferente. Depois as questões técnicas: o que é diferencia o Spam de correio publicitário legítimo? Quem controla a legitimidade dessa distinção e como aplicá-la na filtragem do e-mail? Como responder a desafios tecnologicamente complexos, como as mensagens de Spam contidas em ficheiros áudio ou PDF? Deve-se ou não filtrar os endereços IP que estejam listados como atribuídos a utilizadores de banda larga, bloqueando grande parte do tráfego das botnets mas impedindo outros utilizadores de implementar e utilizar legitimamente o seu próprio servidor de e-mail?
Têm existido inúmeras abordagens a estes e a outros problemas e, de facto, há sistemas anti-spam que funcionam, filtrando a maior parte dos e-mails indesejados (como os utilizadores do Panda Internet Security 2010 podem atestar). No entanto, os custos decorrentes desta filtragem (custo das soluções, tráfego, recursos nas máquinas, tempo) continuam a existir e a ser suportados pelos utilizadores e pelos ISPs, sendo que quem origina este negócio continua a escapar impunemente. Enquanto as empresas que publicitam bens na Internet utilizando esta fórmula não forem penalizadas, o Spam continuará a existir.
Ao nível técnico é necessário reformar os protocolos utilizados, no sentido de impedir o envio anónimo de e-mails, o que permitirá pelo menos imputar responsabilidades e tomar medidas de bloqueio permanente. Bill Gates referiu em 2004 que o Spam seria erradicado nos dois anos seguintes, o que de facto não aconteceu.
Nós não temos tanta esperança, mas acreditamos que com as medidas certas seja possível não termos de conviver mais trinta anos com o fenómeno. Uma questão fica no ar: o centro de pesquisa CentMail da Yahoo! quer implementar uma ideia antiga - a cobrança por cada e-mail enviado. Assim, o Spam poderá deixar de ser um negócio rentável e o dinheiro pago vai para caridade. Estaremos perante a solução para este problema?

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