Este é, quanto a mim, um sinal de preocupação, pois se por um lado os pais podem ter algum tempo livre graças ao facto da criança estar “entretida”, por outro, estamos perante crianças que deixam praticamente de saber o que é estar a mesa a conversar ou a brincar com Legos, “carrinhos” ou bonecas…Estou certo que muitos dos leitores e visitantes da Wintech se revêm nesta situação, pois muitos já têm (ou tiveram) filhos com esta idade e terão, certamente, a consciência que algo de errado se está a passar. Se no meu tempo íamos para a rua brincar, saltar e fazer as “tropelias” próprias da idade, hoje em dia é recorrente ouvir os pais dizerem que “o meu filho não sai de casa. Está sempre no computador” ou “não larga o telemóvel e a consola”, etc…
Talvez por isso, seja cada vez mais importante mostrar aos pais e crianças que este não é, quanto a mim, o caminho mais correto. O tempo em frente aos ecrãs precisa de ser regrado para que as crianças possam entreter-se com outras tarefas tão importantes para um crescimento saudável: brincar, jogar à bola, etc.
Aproveitando uma série de dicas que esta semana chegaram à redação da Wintech através d Wiko deixo aqui algumas ideias que eventualmente poderão ajudar a limitar e a usar estes equipamentos de forma mais consciente por parte das crianças.
O primeiro ponto passa pela instalação de uma aplicação de controlo parental. Esta ferramenta vai permitir restringir os conteúdos que podem ser descarregados ou comprados pela criança quando acede ao Google Play. É válido para diferentes tipos de conteúdos: jogos, música, livros e programas de televisão. Para o ativar necessita apenas de aceder às configurações da Google Play Store, onde pode rapidamente ativar a opção Controlos Parentais. A partir deste momento, o terminal pedirá um PIN sempre que quiser descarregar uma aplicação que não esteja de acordo com o filtro parental previamente estabelecido.
Deixo aqui um link útil disponibilizado pela Google acerca deste controlo parental.
Uma das formas de bloquear o acesso ao equipamento passa pela criação de um código de acesso. Hoje em dia existem muitos smartphones no mercado que já vêm equipados com um sensor/leitor de impressões digitais. Esta é uma forma simples de impedir que as crianças acedam a determinadas aplicações, como o Whatsapp ou o Youtube. Para as utilizar, o pequeno utilizador necessitará da impressão digital registada. O problema é que estes equipamentos têm habitualmente preços inacessíveis à maioria dos consumidores. Ainda assim é possível equipamentos com este nível de proteção por um preço abaixo dos 200€.
A utilização de um modo de administração nos dispositivos Android. Esta é uma funcionalidade que apenas vem ativada, por defeito, nos terminais mais recentes e que oferece distintas ferramentas que permitem localizar o equipamento, bloqueá-lo e/ou eliminar os seus dados remotamente para garantir que ninguém tem acesso à informação pessoal e aos dados privados da criança. Para confirmar se esta opção está ativa siga até Definições> Segurança> Administrador de Dispositivos. O acesso ao administrador de dispositivos do Android pode ser feito a partir de outro smartphone ou de um browser do PC.
Visto que estamos a falar de equipamentos que podem ser usados por crianças, é imprescindível que estes terminais sejam produzidos com materiais resistentes, pois existe um risco mais elevado do telefone cair ao chão muitas vezes, pelo que é importante escolher como primeiro smartphone um equipamento resistente a quedas, riscos, golpes… É muito aconselhável o uso de uma capa que o proteja destes eventuais acidentes. Existem também sistemas que garantem a durabilidade do ecrã, como o vidro Panda.
Para mim este é um campo de maior importância: a definição de horários de utilização. Não só é importante restringir o acesso a determinados conteúdos e sites, como também o número de hora de utilização do telemóvel ou tablet. Não é recomendável que crianças com idade inferior a 12 anos passem mais de duas horas por dia com este tipo de equipamentos. É preciso habituá-las a utilizar o telefone e o tablet apenas para situações de extrema necessidade. Neste aspeto, os pais devem também tentar arranjar forma de só passarem os equipamentos para as mãos das crianças apenas quando estritamente necessário e não existe forma ou meio de distrair a criança…
A instalação de aplicações didáticas é fundamental. Se é para deixar as crianças usarem este tipo de equipamentos, devemos, enquanto pais, aproveitar isso a nosso favor, ou seja, instalar aplicações que, além de serem divertidas para as crianças, sejam ao mesmo tempo essenciais para a sua aprendizagem e desenvolvimento, como é o caso deste “ABC em PT” , do “Números e Jogos para crianças” e de “Matemática para crianças”.
youtube.com/watch?v=DlHVlz3qSG4
Não quero terminar este artigo sem antes deixar também aqui mais um link de extrema utilidade e ajuda aos pais que querem seguir estas dicas. O endereço é da responsabilidade da Google que, sensível a estas situações, decidiu reunir uma série de dicas e guias explicativos de como os pais podem controlar as ações das suas crianças.
Nunca é demais relembrar que nem tudo o que existe na internet é positivo, e que existe um misto de informação que tanto pode ser benéfico para quem o usa como prejudicial a quem não o sabe usar.