Muitas pessoas não avaliam a forma como se apresentam online, nem têm em conta quem poderá estar a “vê-los”. Pouco depois de saírem dos aviões, quase metade das pessoas (44%) conecta-se imediatamente a redes Wi-Fi. Cerca de 69% para informar a família que chegou em segurança e quase quatro em cada dez pessoas (39%) afirma ligar-se, essencialmente, para fazer o download de informações relacionadas com a viagem. A pressão do trabalho também é um fator relevante (38%), bem como o desejo de saber o que se passa nas redes sociais (34%). Um em cada três (34%) afirma que é instintivo colocar-se online assim que possível.
As pessoas estão tão habituadas a estar ligadas à Internet quando estão em casa, que quando não estão, não pensam duas vezes sobre onde ou como se conectar e nem sobre quem as pode estar a “ver”. Oito em cada dez (82%) liga-se a redes de acesso público muito pouco seguras em locais como: aeroportos, hotéis, cafés ou restaurantes. E, a juntar a isso, metade das pessoas (50%) esquece-se de que os seus dispositivos estão cheios de informações pessoais e sensíveis – uma vez que os usam para tantas coisas diferentes como tirar fotografias ou consultar mapas.
No entanto, o facto de um utilizador se encontrar longe de casa e de redes seguras, faz com que essa falta de procura por redes de confiança jogue a favor dos hackers. Quase uma em cada cinco pessoas (18%) já foi vítima de ciber crimes durante uma viagem, comparando com os 6% que já experienciou um crime na “vida real”.
No fundo, isto não é um dado surpreendente se se tivermos em consideração que os hábitos digitais não sofrem, praticamente, nenhumas alterações durante as viagens, ainda que a exposição a redes pouco seguras possa ser maior. Cerca de metade dos entrevistados afirma depositar dinheiro (61%) e fazer compras online (55%) através de redes Wi-Fi no estrangeiro.
A vulnerabilidade dos utilizadores aumenta através das atividades que realizam online quando estão fora do seu país. Por exemplo, uma em cada oito pessoas (13%) afirma fazer mais publicações nas redes sociais quando está fora e uma em cada sete (14%) admite que faz mais compras online através do cartão de crédito.
Alfonso Ramírez, Diretor Geral da Kaspersky Lab Iberia, diz: “Eu viajo bastante. A minha agenda baseia-se em reuniões, conferências e negociações em todo o mundo. Fazer mais de 100 voos por ano é normal para mim. A primeira coisa que faço depois de me ligar à Internet é conectar-me a um VPN (no meu caso o Kaspersky Lab VPN), e essa é a melhor precaução que posso recomendar a qualquer pessoa. Recomendo isso e aconselho, sem dúvida, a que mantenham o software – incluindo a security suite – atualizada e que não confiem em ninguém na Internet.”