Três principais riscos identificados:
- Armazenar agora, desencriptar depois - Cibercriminosos e agentes estatais já recolhem dados encriptados com o objetivo de os descodificar no futuro, quando os computadores quânticos o permitirem. Isto ameaça a confidencialidade de informações sensíveis durante anos após a sua transmissão original. A Kaspersky e 18 Estados-Membros da UE apelam à transição urgente para criptografia pós-quântica.
- Sabotagem em cadeias de blocos e criptomoedas - A tecnologia quântica poderá quebrar algoritmos como o ECDSA (base da Bitcoin e Ethereum), permitindo falsificar assinaturas digitais, roubar carteiras e manipular o histórico de transações.
- Ransomware resistente ao quantum - Prevê-se que operadores de ransomware avancem para criptografia pós-quântica, tornando os ataques ainda mais difíceis de contrariar, com ficheiros bloqueados virtualmente irrecuperáveis sem o pagamento de resgates.
A Kaspersky defende que a preparação para estas ameaças não pode ser adiada, dado que a transição para algoritmos pós-quânticos será longa. É necessária uma resposta coordenada entre governos, indústria e comunidade científica para atualizar infraestruturas e normas de segurança, garantindo a proteção de dados sensíveis e da infraestrutura digital.