Devastado por guerras, regimes corruptos e poluição devastadora, a Terra deixou de ser o planeta que hoje conhecemos, levando corporações influentes a criar o programa Genesis numa última tentativa de salvar a humanidade.

Este é o ponto de partida para Genesis Alpha One, o primeiro jogo da Radiation Blue, uma produtora independente que junta uma equipa de talentosos criadores que trabalharam em jogos como Hitman: Blood Money, Hitman: Contracts, Velvet Assassin, Spec Ops: The Line, SpellForce 2: Shadow Wars, SpellForce 3 e The Settlers.


Lançado pela Team17 no final do mês de janeiro para PC, PlayStation 4 e Xbox One, Genesis Alpha One é uma combinação de FPS, roguelike, sobrevivência e construção de bases, alimentado pelo premiado motor de jogo Unreal Engine 4.

Em Genesis Alpha One, assumimos o papel de capitão de uma nave Genesis, com qual vamos viajar para o espaço desconhecido numa derradeira missão: encontrar uma nova casa para o DNA da humanidade e salva a espécie da extinção.

Jogabilidade

Sem um modo que se possa considerar uma verdadeira campanha, a história de Genesis Alpha One é criada à medida que jogamos. A bordo de uma nave Genesis que podemos construir e personalizar à nossa maneira, vamos viajar através de uma galáxia com diferentes sistemas solares, planetas, espécies alienígenas e muitos segredos por desvendar.

Depois de garantir que a nossa nave possui os módulos essenciais para iniciar a missão, a viagem através do universo fica ao nosso critério. A evolução e sucesso da missão depende muito de recursos que podemos recolher no espaço, maioritariamente minério, plantas e ADN de outras espécies. Os diversos minérios, dos quais depende a construção de novos módulos na nossa nave, podem ser extraídos de detritos que vagueiam pelo espaço, ou visitando a superfície de planetas. Em ambos os casos, existe a ameaça de sermos atacados por outras espécies, embora seja na superfície dos planetas que a ação é mais intensa.

A evolução e expansão da nossa nave é algo em que nos devemos focar, pois ela é a nossa casa até surgir o planeta ideal. Um ambiente sustentável onde existe alojamento para todos e locais onde possam socializar, aliado aos módulos relacionados com a extração de minério e sistemas de proteção, é algo que devemos garantir se quisermos ser bem sucedidos.

Em Genesis Alpha One, a clonagem de seres humanos deixou de ser um tema polémico, passando a ser a única forma de garantir a sobrevivência da humanidade. Nos confrontos com outras espécies, temos a oportunidade de recolher amostras dos ADN dessa mesma espécie, assim como biomassa, o elemento que está na base da criação de novos clones. Combinado o ADN humano com o de outras espécies, criamos clones com diferentes atributos, aumentado a sua resistência ou inteligência. No entanto, espécies diferentes requerem habitats diferentes, e é aqui que entra a importância das estufas, onde podemos criar diferentes atmosferas com plantas que recolhemos na superfície dos planetas. Só assim conseguimos reunir um grupo de clones que atenda às exigências dos planetas habitáveis quando forem encontrados.

Excluindo o modo de construção, tudo em Genesis Alpha One é vivido na primeira pessoa. É dessa forma que navegamos e realizamos tarefas na nossa nave, extraímos minério na superfície dos planetas e enfrentamos os nossos inimigos. Para nos auxiliar temos uma seleção de armas com diferentes tipos de munições. Na superfície de alguns planetas podemos também encontrar artefactos que desvendam segredos, que vão desde novas arma e melhorias de equipamento, a novos módulos e localizações de outras espécies. 

No que ao combate diz respeito, este fácil de dominar, mas tudo dependerá do número, resistência e inteligência dos inimigos. Se em todos os planetas que visitamos existe sempre uma ou mais espécies alienígenas que nos que matar, é na nossa própria nave que o desafio pode ser mais exigente. Ao viajarmos pelo universo, podemos dar de caras com espécies rivais que não irão hesitar no momento de invadir a nossa nave. Horda atrás de horda, cabe-nos a nós, com o auxilio da restante tripulação e sistemas de proteção, eliminar a ameaça. Se porventura o clone que controlamos for eliminado, outro clone assumirá o comando da nave. Quando todos forem eliminados, "Game Over", temos de começa tudo de novo, ainda que possamos utilizar alguns segredos desbloqueados no jogo anterior. Com ajuda o sem ela, o objetivo será sempre o mesmo: Construir a nave, criar novos clones, evitar ou eliminar ameaças e colonizar um novo planeta para garantir a continuação da nossa espécie!

 

Gráficos e Som

Visualmente, Genesis Alpha One muito limpo. Os módulos da nave são muito detalhados, e podem sempre ser personalizados com novas cores, embora de uma forma muito básica. Os planetas que visitamos oferecem-nos ambientes únicos, com uma grande abundância de texturas e superfícies, embora menos detalhados do que os módulos da nave, talvez por serem gerados processualmente.

No que ao som diz respeito, o jogo apresenta-se a um nível bastante satisfatório. A combinar com a música algo sinistra, que rapidamente muda de ritmo quando a situação o exige, temos espécies alienígenas com ruídos distintos, facilmente identificáveis quando se aproximam de nós. Os sons das armas são também distintos, de acordo com o tipo de munição que é disparado.

 

Conclusão

Quando começámos a jogar Genesis Alpha One, ainda numa versão em desenvolvimento, tivemos alguma dificuldade em entender o objetivo deste jogo. A sua natureza "roguelike" faz com que seja um jogo realmente difícil de concluir, mas como a cada novo jogo temos uma experiência totalmente nova, a vontade de tentar fazer tudo de novo mas de uma forma diferente está sempre presente.

Dito isto, Genesis Alpha One é um jogo que nos surpreendeu e cativou. A sua mistura de géneros, aliada à capacidade de criar novas experiências cada vez que iniciamos um novo jogo, incentiva-nos a tentar encontrar, vezes sem conta, novas estratégias para alcançar o objetivo final.

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