#bannerstart #bannerend#rating4 Pelo mundo dos videojogos já passaram inúmeros títulos que exploram cenários de guerra, mas existem séries que nos acompanham desde há vários anos e se destacam entre todas as outras. Para além de Call of Duty, que domina o género há largos anos, Medal of Honor é sem dúvida uma séries de tiro em primeira pessoa que merece um lugar de destaque.

No mais recente jogo da série Medal of Honor, Warfighter, foi confiada à Danger Close Games a missão de criar o jogo de guerra e tiro em primeira pessoa mais autêntico até à data. Não há dúvida que o estúdio californiano fez um ótimo trabalho ao manter-se fiel às histórias e situações vividas pelos soldados reais num cenário de guerra semelhante ao que é explorado no jogo, mas muitos momentos do jogo levam-nos a esquecer que estamos a reviver uma história trágica de guerra, ou seja, momentos que seriam dignos de um filme de ação mas que não espelham os momentos vividos pelos verdadeiros veteranos de guerra... o que não é necessariamente mau!

youtube.com/watch?v=j6o3EvvFdak

Mas vamos à história do jogo. Medal of Honor: Warfighter transporta a prestigiada série de tiro em primeira pessoa da Electronic Arts do cenário da Segunda Guerra Mundial para conflitos que atormentaram recentemente o globo, tendo como base o combate ao terrorismo. Escrito pelos U.S. Tier 1 Operators enquanto estavam em missão, Medal of Honor: Warfighter oferece uma experiência agressiva, corajosa e autêntica que nos coloca no papel dos soldados mais precisos e disciplinados do mundo. Desde resgatar reféns nas Filipinas, a eliminar piratas ao largo da costa da Somália, o jogo é um olhar próximo e pessoal da luta contra as ameaças atuais do terror global.

Embora o terrorismo já tenha sido o tema de vários jogos de guerra, nenhum até hoje recriou com tanta autenticidade e intensidade os momento que foram vividos pelos verdadeiros soldados. A linha principal da história é centrada em torno de Preacher, que regressa a casa apenas para descobrir que a sua família ficou dilacerada por anos de combate. Quando tenta juntar os pedaços e salvar o que resta do seu casamento, um explosivo mortal, conhecido como PETN, penetra nas fronteiras civis e os seus dois mundos colidem. Preacher e os seus companheiros são enviados para fazer o que melhor sabem - resolver o problema!

Jogabilidade

A jogabilidade de Medal of Honor: Warfigther tem pouco de inovador. À exceção de algumas fases em que temos a oportunidade controlar veículos e utilizar as armas que neles estão montadas, as restantes fases são praticamente percorrer o cenário e tentar eliminar todos os inimigos, pouco inteligentes, que parecem vir do nada. Depois de eliminados os inimigos, passamos à próxima sequência, derrubamos eventualmente uma ou outra porta (em algumas fases existem múltiplas portas para derrubar), e repetimos a fórmula. Embora muitas cenas de combate ofereçam momentos de maior adrenalina, existem outros momentos monótonos que quebram por completo a emoção.

A outra parte que é incompreensível é o fato das munições serem, de certa forma, ilimitadas, pois tudo o que temos a fazer quando estamos sem munições é pedir mais a um dos soldados que nos acompanham. Para além de anular aquela necessidade de gerir as munições que possuímos, torna inútil recolher as armas e munições deixadas pelos inimigos mortos.

youtube.com/watch?v=fNQFig_258A

Embora a jogabilidade de Medal of Honor: Warfigther não seja sinónimo de inovação, nem tudo é menos bom! Para os amantes dos FPS existem sempre os belos momentos de tentar encontrar um bom local para "snipar", de alvejar inimigos a partir de um helicóptero ou de um barco a alta velocidade, de assumir o papel de "Heavy Gunner" e disparar contra tudo o que mexe, ou até de viver verdadeiros "momentos Need for Speed" em emocionantes perseguições de automóveis.

Já no que diz respeito à jogabilidade online multiplayer, Medal of Honor: Warfigther não dececiona. Neste modo de jogo temos a oportunidade de combater contra jogadores de todo o mundo em mapas enormes, assumindo o papel de soldado de uma das dez fações jogáveis, cada uma com a sua própria forma de jogar... não é só atirar, fugir das balas dos inimigos e repetir depois de morrer. Se alguns momentos da campanha a solo pecam por monótonos, no modo online multiplayer poucos são os momentos de descanso.

Gráficos

Visualmente, Medal of Honor: Warfigther é impressionante! O jogo proporciona-nos ambientes deslumbrantes, uma iluminação incrível, texturas bastante detalhadas, modelos de personagens realistas, grandes explosões que espalham peças pelo cenário, enfim, neste capítulo a Danger Close Games conseguiu explorar de forma exemplar o que o motor de jogo Frostbite 2 tem para oferecer.

O trabalho realizado na conceção dos níveis também é de grande nível. Apesar de muitos das cenas do jogo se passarem em áreas de deserto que, supostamente, seriam muito parecidas umas com as outras, não existem dois níveis iguais. A tudo isto junta-se a utilização bem conseguida do vento, de tempestades de areia, céus noturnos e outros elementos naturais para tornar a experiência visual ainda mais gratificante.

Som

Acompanhando os efeitos visuais, os efeitos sonoros são igualmente incríveis. Os nossos sentidos são despertados pelos graves dos tiroteios e explosões que rompem os efeitos ambientais, tais como vento, comunicações por rádio, conversas entre personagens, etc. Esta é uma experiência que só pode ser verdadeiramente sentida por quem possui um sistema de som surround 7.1, um controlador com vibração, e um grande ecrã de alta definição!


Positivo:
+ Gráficos altamente detalhados
+ Som empolgante
+ Modo online multiplayer
+ Níveis diversificados

Negativo:
- Alguma monotonia na campanha a solo
- Jogabilidade pouco inovadora

Conclusão

Embora tenha ficado um pouco aquém das expectativas em alguma áreas, principalmente na jogabilidade, Medal of Honor: Warfighter consegue convencer pelo seus gráficos realistas e diversificados, pelo som explosivo, pela história inspirada em eventos reais recentes, e pelo  multiplayer online realmente empolgante. O motor de jogo Frostbite 2 é, de facto, uma grande "arma" que os estúdios da Electronic Arts têm em seu poder, e pensamos que se o próximo jogo da série trouxer alguma inovação na jogabilidade da campanha a solo, Medal of Honor voltará a ser altamente elogiado pela crítica.


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Ler 4038 vezes Modificado em Fev. 16, 2013
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