"No primeiro trimestre de 2025, o número de contas expostas caiu drasticamente, após o aumento alarmante de violações observado em 2024, particularmente no terceiro e quarto trimestres. Ao contrário do ano anterior, que viu os dados comprometidos atingirem níveis recorde, o primeiro trimestre de 2025 registou uma diminuição acentuada do número de contas expostas", afirma Luís Costa, Research Lead da Surfshark.
"Embora o número de contas vulneráveis em todas as principais regiões tenha diminuído no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, as pessoas devem permanecer vigilantes. As ciberameaças continuam a evoluir e os atacantes estão constantemente a adaptar as suas táticas. Para proteger os dados pessoais e organizacionais, é essencial seguir práticas de segurança sólidas, atualizar regularmente as palavras-passe, ativar a 2FA e manter-se informado sobre os potenciais riscos", acrescenta L. Costa.
O último estudo da empresa de cibersegurança Surfshark classifica Portugal como o 32.º país mais violado no primeiro trimestre de 2025, com 161,1 mil contas violadas. Globalmente, foram violadas 68,3 milhões de contas, com os EUA em primeiro lugar e a representar 25% de todas as violações de janeiro a março. A Rússia ocupa o segundo lugar, enquanto a Índia está em terceiro, seguida pela Alemanha e Espanha.
A análise da Surfshark sobre as violações de dados em Portugal desde 2004 mostra:
- Portugal é o 4º país do Sul da Europa, com 81,5 milhões de contas de utilizadores comprometidas.
- Um total de 20,6 milhões de e-mails únicos foram violados a partir de Portugal.
- 48,1 milhões de palavras-passe foram divulgadas juntamente com as contas portuguesas, colocando 59% dos utilizadores violados em risco de apropriação de contas, o que pode levar ao roubo de identidade, extorsão ou outros cibercrimes.
Estatisticamente, um português médio foi afetado por violações de dados cerca de 8 vezes, uma das taxas mais elevadas do mundo (excluindo países com menos de 1 milhão de habitantes) (5.º lugar).
“À escala global, em média, são violadas 280 contas por cada 100 pessoas”, comenta L. Costa. "No entanto, em Portugal, este número sobe para 782 por cada 100 pessoas. Em termos estatísticos, um português médio já foi afetado por violações de dados cerca de 8 vezes."
Portugal teve um total de 263,4 milhões de registos pessoais expostos desde 2004. Em média, cada e-mail é violado com 3,2 pontos de dados adicionais.
O número de violações a nível mundial está a diminuir. No último trimestre de 2024' , 7513 contas foram violadas a cada minuto. No entanto, no primeiro trimestre de 2025, as taxas de violação são 93% mais baixas, com 527 contas a serem violadas a cada 60 segundos. Embora os números continuem a ser elevados, a tendência também é evidente em Portugal. A taxa de violação é 71,4% mais baixa no primeiro trimestre de 2025 do que no quarto trimestre de 2024, caindo de 4,339552 para 1,24311 contas violadas por minuto.
Os dados globais do mapa mundial de violações de dados da Surfshark (no primeiro trimestre de 2025) registam 68,3 milhões de contas violadas, com os EUA em primeiro lugar no mundo (16,9 milhões), seguidos pela Rússia (4,4 milhões), Índia (4,2 milhões), Alemanha (3,9 milhões) e Espanha (2,4 milhões).
Em ordem decrescente, os dez países mais violados no primeiro trimestre de 2025 foram os EUA (16,9 milhões), a Rússia (4,4 milhões), a Índia (4,2 milhões), a Alemanha (3,9 milhões), a Espanha (2,4 milhões), o Reino Unido (2,2 milhões), a França (2,1 milhões), o Canadá (886,9 mil), a Argentina (787,8 mil) e o Sudão do Sul (733,3 mil).
Os países com a maior densidade de violação no primeiro trimestre de 2025 (número de contas expostas por 1.000 residentes): Sudão do Sul (61), Espanha (51), EUA (49), Alemanha (46), Eslovénia (45), Israel (37), Reino Unido (32), França (32), Rússia (30) e Noruega (25).
METODOLOGIA
Uma violação de dados ocorre quando dados confidenciais e sensíveis são expostos a terceiros não autorizados. Neste estudo, foi considerado cada endereço de e-mail (correio eletrónico) utilizado para se registar em serviços online enquanto violado ou divulgado como uma conta de utilizador separada, que pode também ter sido divulgada com informações adicionais, tal como a palavra-passe, o número de telefone, o endereço IP, o código postal, entre outros.
Os dados estatísticos foram recolhidos por parceiros independentes da SurfShark a partir de 29000 bases de dados disponíveis publicamente, tendo sido posteriormente agregados de acordo com endereço de e-mail (correio eletrónico). Estes dados foram depois anonimizados e transmitidos aos investigadores da Surfshark para analisar estatisticamente os resultados. Os países com uma população inferior a 1 milhão de habitantes não foram incluídos na análise.
O Mapa mundial de violações de dados é atualizado trimestralmente com os dados mais recentes dos parceiros independentes. Para aceder à metodologia completa, consulte o artigo publicado em https://surfshark.com/research/data-breach-monitoring/methodology
