A Darknet corresponde a uma parte da Internet invisível para os motores de busca, na qual se trocam recursos ilícitos, como números de cartões de crédito roubados, drogas, ciberarmas, softwares maliciosos que permitam aceder a computadores alheios e, mais recentemente, serviços relacionados com o coronavírus. A janeiro de 2021, a Check Point reportou as centenas de anúncios na Darknet que propunham a venda de vacinas. Agora, além deste número ter triplicado, ultrapassando já os 1200 anúncios, encontram-se também outras ofertas que prometem certificados de vacinação falsos ou resultados negativos de testes à COVID-19.
“A Darknet está repleta de atividade relacionada com as vacinas, vende todo o tipo de certificados relacionados com o coronavírus: testes, certificados de vacinação e – claro – as supostas vacinas de qualquer fornecedor,” começa por explicar Oded Vanunu, Head of Product Vulnerabilities Research na Check Point. “Os cibercriminosos estão a tentar capitalizar o interesse tanto do público que anseia a vacina como daqueles que procuram evitá-la. É imperativo que as pessoas compreendam que entrar em qualquer uma destas transações é extremamente arriscado, porque os hackers querem essencialmente extrair informação pessoal. Também recomendo veementemente todas as pessoas a não partilharem certificados de vacinação nas redes sociais, já que estes podem muito bem chegar à Darknet de alguma forma,” termina o responsável.
Uma grande variedade de vacinas contrafeitas está a ser vendida na Darknet por preços a começar nos 500 dólares. Desde janeiro deste ano, este tipo de ofertas aumentou 300%, com o número de anúncios a exceder os 1200.