Países cujos internautas estiveram mais expostos a riscos de infecções na Internet
Para avaliar o risco de infecções na Internet ao qual estão expostos os computadores dos utilizadores de diferentes países, os analistas calcularam a frequência das detecções do módulo Antivírus de Internet nos utilizadores dos produtos da Kaspersky Lab em cada uma das regiões.
Em relação ao último trimestre de 2012, a lista dos 10 países cujos utilizadores estiveram mais expostos a programas maliciosos não mudou relativamente ao trimestre anterior: trata-se principalmente de países da ex-União Soviética – A Rússia ocupa a 3ª posição, com 57%. Observam-se, contudo, alterações entre a 11ª e a 20ª posições do ranking: no primeiro trimestre de 2013, a Tunísia (43,1 %) e a Argélia (39 %) estrearam-se na classificação. O único país da Europa Ocidental presente ao Top 20 é a Itália (39,9 %, 16ª posição).
Top 20 dos países com risco de infecções na Internet mais elevado**. Primeiro trimestre de 2013
Podemos dividir estes países em vários grupos.
- Grupo de máximo risco. Países em que mais de 60% dos seus utilizadores enfrentaram pelo menos uma vez programas maliciosos na Internet. No primeiro trimestre de 2013, neste grupo só figurava Tadjiquistão, com 60,4%.
- Grupo de alto risco. Neste grupo, o índice de risco está entre os 41% e os 60%, e é composto por 13 países do Top 20 (o mesmo número do último trimestre de 2012). À excepção do Vietname, Tunísia e Sri Lanka que fecham a lista, aparecem apenas países da ex-União Soviética: Arménia (59,5 %), Rússia (57 %), Cazaquistão (56,8 %), Azerbaijão (56,7 %), Bielorrússia (49,9 %) e Ucrânia (49%).
- Grupo de médio risco. Neste grupo, o risco está entre os 21% e os 40%, e compreende 102 países, entre os que estão a Itália (39,9%), Alemanha (35,8 %), Bélgica (33,8 %), Sudão (33,1%), Espanha (32,5 %), Qatar (31,9 %), EUA (31,6%), Irlanda (31,5%), Inglaterra (30,2 %), Emiratos Árabes Unidos (28,7 %) e Holanda (26,9 %).
- Grupo de países mais seguros para navegar em Internet. No primeiro trimestre de 2013, este grupo compreendia 28 países cujo índice de segurança estava entre os 12,5% e os 21%. A percentagem mais baixa (menos de 20%) de utilizadores vítimas de ataques enquanto navegam na Internet registou-se em África, onde a Internet não está ainda bem desenvolvida. As excepções são o Japão (15,6 %) e a Eslováquia (19,9 %).
Risco de infecções nos computadores de utilizadores em Internet em vários países. Primeiro trimestre de 2013
Top 20 dos países cujos recursos alojam programas maliciosos
Estes dados estatísticos referem-se aos países onde estão alojados os websites a partir dos quais se descarregam os programas maliciosos. Para definir a fonte geográfica dos ataques na Internet, a Kaspersky Lab recorreu a uma técnica de comparação entre o nome de domínio e o endereço IP autêntico onde se encontra este domínio, e a definição da localização geográfica deste endereço IP (GEOIP).
Assim, 81% destes websites usados para a propagação de programas maliciosos distribuem-se por 10 países (ver gráfico em baixo). Este índice diminuiu 5% nos últimos 6 meses: 3% no primeiro trimestre de 2013 e 2% no último trimestre de 2012.
Classificação por país websites que alojam programas maliciosos. Primeiro trimestre de 2013
A Rússia (19 %, -6 %) e os EUA (25 %, +3 %), voltaram a trocar posições na classificação, pelo que EE.UU. tem recuperado a primeira posição. Em relação ao último trimestre de 2012, a posição dos outros países quase não tem sofrido mudanças.
Vulnerabilidades
No primeiro trimestre de 2013, registaram-se 30.901.713 aplicações e ficheiros vulneráveis nos computadores dos utilizadores membros da rede KSN. A Kaspersky Lab detectou uma média de 8 vulnerabilidades diferentes por cada computador vulnerável.
As vulnerabilidades mais propagadas tiveram a ver com Java – detectadas em mais de 45,26% dos computadores. As cinco primeiras e a última vulnerabilidade do Top 10 pertencem à Adobe e à Oracle, respectivamente. A última da lista foi o Adobe Flash Player e é uma vulnerabilidade muito antiga, mas muito perigosa. Ainda que a detecção desta vulnerabilidade date de Outubro de 2010, sempre foi detectada em mais de 11,21 % dos computadores vulneráveis.
Este tipo de vulnerabilidades teve sempre a preferência dos cibercriminosos e os códigos de exploração associados custam mais que todos os outros no mercado negro.