Um novo estudo da equipa de Digital Footprint Intelligence da Kaspersky revela que o ransomware é o malware as a service (MaaS) mais prevalente nos últimos sete anos. O relatório analisa 97 famílias de malware distribuídas através da dark web. Os cibercriminosos contratam ladrões de informação, botnets, downloaders e backdoors para levar a cabo os seus ataques.

A Kaspersky descobriu uma sofisticada campanha de ataque contra carteiras de criptomoedas na Europa, nos EUA e na América Latina. O malware DoubleFinger implementa o GreetingGhoul, que rouba criptomoedas, e o Remcos, um Trojan de acesso remoto (RAT). A análise da Kaspersky revela que esta é uma campanha de um elevado nível técnico.

O ransomware é notícia nos jornais há vários anos consecutivos. Na busca por lucro, os criminosos têm visado quase todo o tipo de organizações, desde instituições de saúde e de ensino a prestadores de serviços e empresas industriais. A Kaspersky publicou um relatório que analisa o que aconteceu ao longo 2022, como está a ser 2023 e as principais tendências para este ano.

Em 2022, as soluções Kaspersky detetaram mais de 74,2 milhões de tentativas de ataques de ransomware, um aumento de 20% em relação a 2021 (61,7 milhões). Já no início de 2023, assistimos a um ligeiro declínio do número de ataques de ransomware. Porém, estes tornaram-se mais sofisticados e direcionados. Além disso, houve uma mudança drástica entre os grupos de ransomware mais influentes e prolíficos. Os REvil e Conti, que ocupavam, respetivamente, o 2.º e 3.º lugar em termos de ataques no primeiro trimestre de 2022 foram substituídos, nos primeiros três meses de 2023, pelos Vice Society e BlackCat. Dois dos outros grupos mais ativos atualmente são os Clop e os Royal.

Um estudo recente da Kaspersky revela que mais de metade dos executivos de topo portugueses considera que as ciberameaças são um risco maior do que o agravamento do ambiente económico para as suas empresas. No entanto, não conseguem definir prioridades de ação devido à terminologia confusa utilizada em cibersegurança.

De acordo com o estudo ‘Separados por uma linguagem comum: podem os executivos de C-level decifrar e agir perante a ameaça real dos ciberataques’, 52% dos gestores portugueses inquiridos considera que os ciberataques são o maior risco enfrentado pelas suas empresas, à frente dos fatores económicos (33%). Porém, 47% dos responsáveis considera que a linguagem utilizada em cibersegurança é o maior obstáculo à compreensão das questões de segurança por parte da sua equipa de gestão.

Um estudo da Kaspersky sobre atitudes e comportamentos relativos à cibersegurança descobriu que a maioria dos adultos com idades compreendidas entre os 16 e os 55 anos acredita ter conhecimentos sobre segurança online (60%). Porém, entre estes, mais de um quinto (22%) já foi vítima de ataques de phishing.

Em Portugal, cerca de metade dos adultos inquiridos (54%) acredita ter conhecimentos sobre segurança online. No entanto, a maioria dos portugueses já partilhou informações pessoais nas redes sociais (63%), uma percentagem idêntica afirmou ter sido alvo de esquemas de phishing (62%), pelo menos, uma vez por ano, e um quarto já foi efetivamente vítima de uma fraude deste tipo (25%).

Os especialistas da Kaspersky realizaram uma pesquisa sobre a capacidade do ChatGPT para detetar ligações de phishing. Embora o bot já tenha demonstrado anteriormente a capacidade de criar e-mails de phishing e escrever malware, a sua eficácia na deteção de links maliciosos era limitada. O estudo revelou que, embora o ChatGPT saiba muito sobre phishing e possa adivinhar o alvo de um ataque, apresentou uma taxa de falsos positivos de até 64%, dando falsas explicações e provas para justificar as decisões.

Os cibercriminosos oferecem continuamente serviços maliciosos na darkweb, incluindo a criação de deepfakes. Estes não representam apenas um risco para a reputação e privacidade de uma pessoa, mas, também, um perigo para as suas finanças. As ofertas vão desde a criação de deepfakes pornográficos para vingança, até à simulação de ‘criptostreams’ destinadas a serem utilizadas em fraudes com criptomoedas. O custo destes vídeos deepfake varia entre os 300 e os 20.000 dólares por minuto.

Os cibercriminosos estão em constante evolução, procurando e desenvolvendo novas formas de comprometer pessoas e empresas. A Kaspersky analisou métodos de infeção pouco comuns e descobriu uma variante do Rapperbot, um worm baseado na botnet Mirai, que infecta dispositivos IoT para lançar ataques de negação de serviço (DDoS) contra alvos não-HTTP. Os especialistas também analisaram o Rhadamanthys, um malware de roubo de informação, e o CUEMiner, um malware de código aberto distribuído presumivelmente através do BitTorrent e do One Drive.

A Kaspersky anunciou o lançamento da atualização da aplicação móvel Kaspersky Safe Kids. As principais atualizações centram-se no novo design e interface da aplicação, bem como em novas funcionalidades, como dicas para proporcionar aos pais as melhores definições e para tirar o máximo partido da aplicação. O Kaspersky Safe Kids tem, também, um novo ecrã inicial para crianças.

Os peritos da Kaspersky descobriram um tipo de ciberataque que recorre a uma vulnerabilidade zero-day no Common Log File System (CLFS) da Microsoft. Um grupo de cibercriminosos utilizou um exploit desenvolvido para diferentes versões do sistema operativo Windows, incluindo o Windows 11, e tentou implementar o ransomware Nokoyawa. A Microsoft atribuiu a identificação CVE-2023-28252 a esta vulnerabilidade e corrigiu-a no âmbito da Patch Tuesday.

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