Existem no mercado inúmeras opções, umas mais baratas, outras mais caras, uns com sistema Apple, outros com sistema Android e outros com sistema Windows, mas todos eles com muito em comum, pelo que na altura de se escolher um equipamento destes poderá sempre haver alguma confusão.
Face a isto, a Wintech traz um pequeno guia, se assim poderemos chamar, que tem como objetivo ajudar o nosso visitante a escolher um tablet … Preparados? Então bora lá !
Iniciando este pequeno guia pelos tablets Android, e porque é recorrente também ter-se essa dúvida, começamos por desmistificar uma questão: «Os tablets Android, na nossa opinião, não substituem um computador», isto porque, na maioria dos casos, muitos acabam por ser limitados em recursos assim como não existem algumas aplicações que normalmente usamos em casa… Mas ainda assim, convém dizer que, quem quiser um equipamento destes para trabalhar, então a coisa é mais complicada por diversos fatores: um poderá estar, precisamente, no sistema operativo que, em muitos casos é diferente do que existe nos computadores de casa ou do trabalho. Outra das situações passa pelas aplicações usadas para trabalhar, embora a Microsoft possua já uma versão do Office para dispositivos Android, o utilizador poderá ter alguma dificuldade em se adaptar ao sistema de touch, nomeadamente na escrita, sendo que em muitos casos se torna “obrigatório” adquirir um teclado para emparelhar com o tablet.
Outra das dificuldades poderá ser a necessidade de ter, depois de fazer os seus trabalhos no Office, é a de imprimir os documentos. Embora alguns dos novos modelos já possuam a possibilidade de instalar uma App para Android no tablet para poder realizar a impressão, a maior parte das impressoras que estão nas nossas casas e empresas não estão preparadas para isso, pelo que, mesmo que o utilizador fique tentado a ligar por cabo a impressora ao tablet, saiba desde já que a impressora não vai funcionar…
Assim, e pelas razoes que apresentamos acima, consideramos que a melhor opção para trabalhar e de substituir um computador, poderá ser optar por um tablet ou um netbook baseado em Windows.
No entanto, e porque nem toda a gente usa um computador para trabalho, um tablet com Android, pode substituir efetivamente um PC caso o utilizador apenas pense num equipamento que sirva para aceder à internet, visualizar vídeos no YouTube ou aceder às rede sociais…Ah, isto sem falar nos jogos como é o caso do Angry Birds, entre outros.
Mas, se ainda assim, pretender um tablet, aconselhamos a ter em conta algumas características:
Muito importante, é se o utilizador do tablet quer o equipamento para navegar na Internet em todo o lado, ou seja, fora e dentro de casa. Aqui, caso tenha esta ideia, então sabia que existem alguns modelos com 3G integrado que começam nos 70€ e vão por aí acima, sendo que marcas como a Acer ou a Asus possuem soluções deste género a rondar os 150€. Ainda no que diz respeito à Internet móvel, a maioria dos não permitem a ligação à PEN de banda larga, aliás, permitem mas é extremamente difícil (para não dizer quase impossível) configurar uma PEN destas em sistemas Android, pois, como se sabe, a esmagadora maioria destas PEN’s estão otimizadas para sistemas Windows e Mac, tornando penosa a configuração ou deteção de rede destes terminais de acesso…
Ultrapassada esta necessidade, consideramos que o utilizador deve ter em conta alguns fatores na altura da compra do seu tablet, começando pelo tamanho do ecrã, o processador (dual-core ou quad-core), capacidade de armazenamento e as soluções de ligação a outros equipamentos (TV’s, discos rígidos, cartões memória, etc).
Um processador de 1 GHz, memória de 512 MB é manifestamente pouco, ou seja, é o mesmo que dizer que estará na presença de um tablet lento, em particular para quem quer jogar. Preferencialmente opte por um processador dual ou quad-core, assim como 1 GB de memória RAM. O armazenamento é outro dos pontos importantes, pois devemos ter em conta que o sistema operativo deve pesar cerca de 2 GB, pelo que ao optar por um armazenamento de 4GB, metade está praticamente ocupada sendo complicado gerir este espaço quando se quer instalar aplicações e jogos, pois são também elas cada vez mais pesadas…
Deve ainda ter em conta a versão do sistema operativo Android, recomendamos que seja pelo menos a versão 4.2, sendo que deve tentar sempre adquirir um equipamento que possua a versão mais recente…
Não podemos terminar este capítulo dedicado aos tablets baseados em Android sem referir a panóplia de aplicações disponíveis no Google Play, sendo que muitas delas são gratuitas.
Passando agora para os tablets Apple, normalmente quem escolhe um tablet da marca da “maçã”, já sabe, (na maior parte dos casos) bem o que quer, ou porque já é utilizador dos produtos Apple, e por uma questão de sincronização entre equipamentos, ou porque já mexeu ou mexe em equipamentos da marca e quer definitivamente um iPad. São raros os casos de pessoas que, quando vão a uma loja procurar um iPad, optam por um tablet Android ou Windows…
Obviamente que existem algumas vantagens (e desvantagens também) na compra de um tablet iPad. A que salta à vista prende-se com a qualidade do material de fabrico e do seu ecrã (que possui uma tecnologia única chamada de “retina”, que é exclusiva da Apple e está também presente nos outros equipamentos da marca), a outra é o número de acessórios existentes no mercado (e onde a Apple se distingue de todos os outros).Existem ainda a Apple Store, a loja online da Apple que permite, tal como acontece com o Google Play, adquirir e descarregar aplicações: algumas gratuitas, outras pagas.
Ainda em relação ao software, há que dizer que a Apple lança de forma regular atualizações ao seu iOS, o sistema operativo de dispositivos móveis da empresa, adicionando melhorias e correções, sendo por isso também um ponto muito favorável dos produtos Apple.
Um senão é o preço, pois o iPad Mini (primeira geração – já vai na terceira) tem um custo a rondar os 250€, sendo que o iPad Air, o de ecrã com 9,7”, tem um preço base de 409€.
Não podemos finalizar este pequeno guia de escolha de um tablet sem falar nos tablets com sistema operativo Windows.
Aqui, e depois de a Microsoft lançar o Windows 8.1, chegou ao mercado uma série de soluções baseadas neste sistema operativo e que, em muitos casos, podem mesmo substituir um pequeno computador.
Se bem que no software a coisa é bem mais simples e amigável de gerir, por o sistema é igual ao que existe nos computadores (falamos do Windows 8 e 8.1), os critérios de escolha, ao nível de hardware, são os mesmos dos tablets Android. O principal fator vai para o processador (preferencialmente quad-core), sendo que o mínimo num tablet com Windows é 1 GB de memória RAM, pelo que a escolher deve optar por um que possua 2 GB de memória RAM. Ao nível de armazenamento deve optar por 32 GB como mínimo, pois um tablet Windows com 16 GB vai rapidamente ficar cheio graças à necessidade de termos de instalar (mais tarde ou mais cedo) uma versão do Office. De notar que muitos dos grandes fabricantes oferecem uma versão do Office 365 (válida por um ano) ou do Office Casa e Estudantes.
O tamanho do ecrã pode ser também um fator a ter em conta, lembre-se que, se vai usar o equipamento para trabalhar, poderá sentir necessidade de ver o conteúdo dos documentos sem grande esforço, pelo que, no mínimo, aconselhamos que seja um ecrã de 8”.
Recordamos que outras das vantagens dos tablets com Windows é a compatibilidade com o hardware existente sendo perfeitamente possível instalar uma impressora ou uma PEN de banda larga móvel.
Uma nota ainda para o facto de ser perfeitamente possível encontrar tablets no mercado, e de marca, com Windows 8.1 a partir dos 99€.
Outra das soluções interessantes passa pelos equipamentos chamados “híbridos” que, na realidade, são tablets com a possibilidade de serem usados com teclado (normalmente incluídos na compra). O ecrã mais pequeno, destes equipamentos, é de 10” e vieram para substituir os “netbooks”.
Ainda dentro deste lote de opções destaque para a existência no mercado de equipamentos híbridos que tem uma determinada capacidade de armazenamento dentro do tablet e uma outra no teclado, ou seja, o utilizador pode ter um tablet com 64GB de armazenamento interno e que, quando acoplado ao teclado, poderá ver esse armazenamento estendido para mais 500GB, por exemplo. Os preços destes equipamentos, por norma, rondam os 350€.
Obviamente que neste segmento de mercado as opiniões divergem, umas a favor de sistemas Android, outras a favor da Apple e outras a favor de equipamentos com o Windows, pelo que é sempre fundamental para o comprador avaliar antecipadamente as suas reais prioridades de forma a conseguir satisfazer as suas necessidades e espectativas…
Esperamos que este pequeno guia seja elucidativo e que o ajude a escolher (bem) o seu equipamento. Boas compras.