A Microsoft acaba de divulgar o Cyber Signals, o seu já conhecido relatório de cibersegurança, que nesta oitava edição analisa os desafios que o setor da educação enfrenta perante o volume de ataques. Segundo o relatório, este é um dos setores de atividade mais visado por ataques perpetuados por grupos de cibercriminosos durante o segundo trimestre de 2024.

De acordo com os dados hoje apresentados, o setor da educação apresenta-se como um alvo particularmente interessante para cibercriminosos, uma vez que as instituições de ensino são responsáveis por gerar dados que podem incluir registos de saúde, informação financeira e outros dados confidenciais. Além disso, nas suas plataformas podem alojar sistemas de processamento de pagamentos, redes que funcionam como fornecedores de serviços de internet (ISPs) e outras soluções digitais. Isto leva a que as ciberameaças que a Microsoft observa em diferentes indústrias tendem a ser agravadas neste setor em particular, uma realidade que os atores de ameaças já perceberam, como demonstram as 2.507 tentativas de ciberataques por semana, das quais as universidades são os principais alvos de malware, phishing e vulnerabilidades de IoT.

A ESET, empresa europeia especialista em cibersegurança, divulgou o seu mais recente relatório sobre as atividades de grupos de ameaça organizados – designados grupos Advanced Persistent Threat (APT) – selecionados que foram observados, investigados e analisados pelos investigadores da ESET de abril de 2023 até o final de setembro de 2023.

A investigação da ESET descobriu campanhas de ciberataque levadas a cabo por grupos APT alinhados com a China na União Europeia (UE) que exploraram vulnerabilidades para extrair dados de entidades governamentais e organizações associadas. Além disso, o relatório acompanha a evolução da ciberguerra conduzida pela Rússia na Ucrânia, desde atividades de sabotagem a espionagem.

A ESET, empresa europeia líder em soluções de cibersegurança, revelou detalhes sobre um cryptor – uma camada de defesa usada por cibercriminosos para camuflar o código de malware e evitar deteções – com circulação à escala global usado por dezenas de famílias de malware. Designado AceCryptor, esta camuflagem de malware é usada desde 2016 e contribui para espalhar malware em campanhas por todo o mundo.

Uma maioria esmagadora das empresas inquiridas (91%) reportou pelo menos um incidente de cibersegurança no ano passado, o que representa um aumento de 3% em relação ao período homólogo anterior. Esta é uma das principais conclusões do estudo da Deloitte Global Future of Cyber Survey 2023 que conta com entrevistas a mais de 1.000 líderes em 20 países de todo o mundo e constitui a maior pesquisa da Deloitte nesta área, até hoje.

Uma das principais conclusões do mais recente Threat Landscape Report, relatório bianual desenvolvido pela S21sec, é de que os dispositivos móveis se tornaram um dos principais alvos dos cibercriminosos nos primeiros seis meses do ano, com um aumento significativo na atividade de malware móvel.

De acordo com o Relatório Digital Global Statshot publicado em abril de 2022, das 7,93 mil milhões de pessoas na Terra, 67% da população mundial utiliza atualmente um dispositivo móvel. Isto significa que mais de 5,32 mil milhões de pessoas em todo o mundo têm um dispositivo móvel, armazenando cada vez mais informação sensível tanto na memória do dispositivo como na cloud: desde fotografias pessoais a dados bancários, palavras-passe e informação da empresa onde trabalham. Desta forma, os cibercriminosos encontraram um novo alvo para os seus ataques, com a capacidade de aceder a conteúdos armazenados em smartphones e comprometer qualquer informação relacionada com o utilizador.

O impacto económico de um ciberataque de larga escala é semelhante ao de um desastre natural de grandes proporções, de acordo com estimativas divulgadas esta semana pela seguradora britânica Lloyd’s.

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