“Sentimos que hoje, a atração e retenção de talento de profissionais para este sector e com o nível de especialização requerido leva ao fenómeno natural do aumento das condições salariais oferecidas pelos empregadores”, conforme explica Catarina Carvalho, diretora da Spring Professional Portugal. Este aumento da procura vs a oferta em número de candidatos faz com que tendencialmente as organizações apostem em perfis recém licenciados embora já com ofertas salariais acima do valor médio.”
De acordo com a Spring Professional, é cada vez mais usual a presença ativa de grandes organizações em feiras e projetos nas diferentes universidades ligadas às novas tecnologias, com o intuito de ampliar o interesse por parte dos alunos e potenciais candidatos e como forma de garantir que são escolhidos no futuro. A procura de talento é ainda muito maior que a oferta disponível no nosso país, surgindo o registo já de candidatos internacionais que fazem fit nos diferentes projetos existentes a preenchimento, nesta área.
Por outro lado, os dados indicam que a área de IT é tradicionalmente dominada pelo género masculino mas cada vez mais empresas incentivam a participação feminina nesta área. “Dados da OCDE confirmam que Portugal está no topo da lista com a maior percentagem de mulheres formadas nas áreas de ciências, matemáticas e tecnologias do grupo (57%), muito à frente da média da OCDE (39%) e mesmo da vizinha Espanha (35%)”, conclui Catarina Carvalho.
Portugal tem ainda um caminho a percorrer na igualdade de género, mas neste momento é visto como um exemplo no que respeita à criação de oportunidades para as mulheres em áreas como a tecnologia.