A chegada de mais uma época futebolística traz consigo também as novas versões dos aclamados jogos dedicados ao desporto rei. Um desses casos é o recém-lançado FIFA 13, a última aposta da EA, para atacar a “época” e assim voltar a conquistar novos adeptos e fãs desta série que já existe há cerca de 20 anos.

De facto a EA tem ao longo dos últimos anos crescidos e aumentado o nível de realismo implementado nos jogos da série FIFA. Pelo que foi possível ver na DEMO, e agora confirmado com o lançamento do jogo, o FIFA 13 está muito perto daquilo que podemos chamar “perfeição” no futebol virtual.
 

As novidades  e a jogabilidade

Começamos esta análise por destacar aquilo que a EA traz de novo para este FIFA 13. A começar por aquilo que a EA chama de "Attacking Intelligence”. Esta caracteristicasfaz com que os jogadores analisem o espaço de forma a criar desiquilibrios. Os jogadores passam a ter "inteligência" para criar, curvar, alterar corridas para potenciar aberturas que possam ocorrer, fazer movimentos que desloquem os defesas para fora da posição criando linhas de passe para colegas de equipa e para se posicionarem melhor para novas oportunidades de ataque. Resumido, um ataque mais realista.

A EA melhorou também o sistema de toques. Assim, no FIFA 13, temos o “Complete Dribbling” que pertite aos jogadores enfrentar os seus adversários e usarem dribles proprios (veja-se os de Lionel Messi) combinados com uma verdadeira mobilidade de 360º com bola, desta forma consegue-se criar movimentos únicos e extremamente engraçados em situacoes de 1 contra 1. Nota-se na molilidade dos jogadores uma melhor afinação permitindo, por exemplo, uma mudança de direção mais rapida e explosiva. De notar que tambem na defesa, os jogadores conseguem ser mais perspicazes e conseguir, em determinadas situacoes, adivinhar o que vai ser feito pelos jogadores.

Mas as novidades continuam e foi também melhorado o modo como os jogadores controlam a bola, tendo sido adicionado o First Touch Control. Desta forma perde-se aquilo que acontecia nas versões anteriores do jogo, ou seja, deixa de haver aquilo que se poderia de chamar o toque quase perfeito e que permitia um controlo de bola pouco realista. O First Touch Control cria assim momentos mais reais no momento da receção da bola  e que podem variar, por exemplo, conforme a pressão defensiva, a trajetória da bola e a velocidade / força colocada no passe.


Introduzido no FIFA 12, e agora melhorado, o “Motor de Colisão” expande o jogo físico de colisões simples na disputa pela posse de bola entre os jogadores. Os defesas empurram e puxam para ganharem posição e usam o seu tamanho e força para ganharem a posição aos adversários ou forçam os oponentes a darem toques pobres ou tomar decisões erradas antes mesmo de a bola chegar.

A Electronic Arts continua apostada também em melhorar a realidade nos lances de bola parada. Os Tactical Free Kicks vão permitir a criaça de jogadas de livre perigosas e imprevisíveis sendo possível recorrer aos jogadores mais habilidosos presentes em campo. Por exemplo, passa a ser possível criar situações de simulação, e autenticas jogadas estudadas (de laboratório, como se costuma dizer) capazes de causar alguns dissabores às defesas…Os defesas podem, em resposta, adicionar ou subtrair jogadores na barreira, arrastando-a para a  frente ou enviar um jogador para intercetar o passe ou bloquear o remate.

Mas o FIFA 13 não se fica por aqui, a EA, decidiu também premiar e promover o desenvolvimento de quem está a jogar, e criou os chamados “Skill Games” que permitem aos jogadores (em particular os mais novatos) irem aprimorando os seus “Skills” com pequenos desafios, por exemplo, treinar os remates ou centros de forma a acertar nos alvos apresentados. Estes “Skill Games” estão divididos em várias categorias, que no seu todo serão fundamentais para os jogadores dominarem o FIFA 13.

O realismo colocado, como é habitual, na série FIFA também é alimentado pelos mais de 500 clubes oficiais e mais de 15 mil jogadores oficiais, que estão espalhados pelas principais ligas mundiais.

Com a existência de tantos clubes, é tentador (para quem gosta de sofrer) “agarrar” numa equipa de um escalão inferior e lutar com todas as forças e habilidades pela subida de divisão. Este desafio é possível a partir do modo “Carreira” e, pela primeira vez nos jogos FIFA, é possível treinar e dirigir uma seleção podendo, por exemplo, disputar os encontros das fases de apuramento para os campeonatos do mundo e da europa.

A EA trabalhou também “fora das quatro linhas”, e dando sentido a esta afirmação está a alteração realizada no sistema de transferências de jogadores.Contrariamente ao que acontecia, onde se dava particular atenção ao dinheiro envolvido para a compra de determinado jogador e o seu vencimento, a EA decidiu acrescentar outros detalhes às transferências, por exemplo, os clubes analisarem os contratos e qual o real interesse do jogador em se transferir. Pode ainda ser adicionado, na compra de um atleta, um jogador em troca no negócio.

Gráficos e som

Em relação a este capítulo, pouco há a dizer. O jogo tem um alto detalhe gráfico, os jogadores mais conhecidos estão muito próximos da realidade. É possível identificar, sem grande esforço e sem se saber quais as equipas em jogo, determinados jogadores.

Gostamos, em particular, do campeonato inglês, onde os comentários (na Xbox, em inglês) e toda a atmosfera sonora que envolve o jogo nos transportam para uma autêntica transmissão televisiva. Um dos exemplos que deixamos aqui, é o comentário que é feito, em jeito de antevisão, durante os momentos que antecedem o jogo a disputar.

Os pormenores que envolvem este jogo são de facto deliciosos, deixamos aqui mais dois exemplos que adorámos e que demonstram o interesse da EA em tornar o jogo cada vez mais real. Na marcação de uma grande penalidade é possível ver os espetadores a tentarem perceber para onde o jogador vai rematar e as suas reações perante a marcação (ou falhanço) do penalty. Outro exemplo é a presença do “camera man” em campo a filmar a entrada em campo dos jogadores ou, durante o jogo, a correta marcação (e sinalização) da equipa de arbitragem com movimentos também bastante reais.

Ainda a destacar, por exemplo, o facto de terem sido integrados os cânticos dos grandes clubes nacionais que acabam por dar um ambiente bastante engraçado e envolvente ao jogo.

Não podemos deixar de referir que mais uma vez os comentários em português foram esquecidos na XBox, situação que, pensamos, já deveria ter sido alterada ainda para mais quando vemos a versão PC e versão PS3 terem os diálogos em Português (de Portugal) e que daria ainda mais interesse ao jogo.

 

Equipas e estádios

Já aqui falamos nas mais de 500 equipas (seleções incluídas) que estão presentes no jogo, no entanto não podemos deixar de notar que na Liga Portuguesa estão por incluir (os símbolos e nome correto dos clubes) o Marítimo, o Estoril, o Moreirense e o Gil Vicente.

Os planteis estão, na sua maioria, bastante atualizados e contam, praticamente, com todas as transferências que foram concluídas até 31 de Agosto.
No que diz respeito aos estádios incluídos no FIFA 13, nota-se a falta do “Camp Nou” do Barcelona, sendo que a EA reforçou o lote de estádios presentes no jogo com as “casas” do Tottenham e do Manchester City (equipas que também foram “patrocinadas” pela EA no FIFA 13)…

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Conclusão

Com estes argumentos todos é difícil não considerar o FIFA 13 como o melhor jogo de futebol alguma vez feito. O nível de perfeição é de tal ordem que em determinadas situações nos esquecemos que estávamos em frente a um televisor a jogar e que por momentos tínhamos mergulhado numa transmissão televisiva entre duas grandes equipas dos mais competitivos campeonatos.

Em relação ao nível de entusiasmo que este jogo pode oferecer, com tantos recursos e soluções, podemos dizer que dificilmente cansará os amantes do desporto-rei. Assim sendo achamos que o FIFA 13 vai reinar nos jogos PC durante, pelo menos, uns bons 10 meses, isto até se começar fortemente a falar no sucessor, o FIFA 14.

youtube.com/watch?v=KGuJ01HaeY8

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Ler 4313 vezes Modificado em Nov. 08, 2013
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